O comentário da semana
«Sobre a chamada abstenção, repescagem de 2014: anulei o voto desenhando no boletim um campo para abstenção escrevendo essa palavra e aí colocando a respectiva cruz (X)
Que alguém me esclareça sobre um tema que tenho entalado na caixa dos pirolitos e que não vejo debatido onde quer que seja. Cá para mim a ausência nas mesas de voto não tem nada a ver com abstenção mas sim com absentismo, seja qual for o motivo da não comparência, e podem ser muitos. Precisa-se uma explicação para a razão pela qual não é criado um campo para abstenção em cada boletim de modo a ser considerado voto validamente expresso.
Não sei porque não, mas se calhar até sei. Se não obtiver nenhum esclarecimento continuarei a pensar que confundir propositadamente absentismo com abstenção não passa de uma grosseira fraude descaradamente repetida.
Se o dicionário não é suficientemente esclarecedor no estabelecimento da diferença altere-se o dicionário.
Tão simples como isto: Absentismo=Ausência Abstenção=Acto presencial.
Politicamente basta pensar nos nossos deputados, que para se abster têm que estar presentes e se não põem lá os pés tem falta justificada ou não. Note-se que esta posição não pretende defender de modo nenhum o voto obrigatório
Campanhas eleitorais, uma inutilidade para comer papalvos. Uma única frase servia para todos se apresentarem: olhem para o que eu fiz e meçam bem como faço ou o que seria capaz de fazer se me dessem rédeas.
Sai uma proposta: que o parlamento europeu funcione com delegações dos parlamentos nacionais (de forma continuada ou não) na proporção dos votos recolhidos por cada agremiação política nas legislativas caseiras. Eleições específicas para o parlamento europeu não passam de um mono inútil e bem pago.»
Do nosso leitor Rão Marques. A propósito deste texto da Helena Sacadura Cabral.