O comentário da semana
«"Porco machista" já levei, mas ao telefone.
Telefonema de número privado (nunca mais os atendi) a pedirem para falar com a dona da casa, eu não servia.
Perguntei qual o assunto: que não tinha nada com isso porque "é o marido mas não é dono dela" (sic).
Com alguma boa vontade tentei explicar que se fosse ao contrário a pergunta também seria feita, aqui ninguém é "dono" de ninguém.
Desligaram mas nem cheguei a sair de ao pé do telefone, a mesma pessoa volta a ligar e diz-me "é só para lhe dizer que você é um porco machista".
Ao vivo só malcriadão, de três "senhoras" com ar respeitável espetadas num passeio exíguo a conversar e toda a gente a ter que ir para a estrada, não fui nem disse nada, fiquei ali especado e mudo junto delas até "perceberem".
Lá me deixaram passar mas não imaginaram que tivesse "ouvido de tísico" com esta idade, portanto voltei atrás a pedir-lhes para o repetirem na minha cara, minha mulher divertidíssima.
No último sábado entro num dos elevadores dos "Armazéns do Chiado" que partem da Rua do Crucifixo para ir à FNAC como vou quase todos os dias.
Entra só uma "senhora" comigo, carrego para o piso 4 e pergunto delicadamente para que piso ela quer ir (só os pisos 4, 5 e 6 estão abertos ao público).
Responde-me: "Meta-se na sua vida que não tem nada a ver com isso" e, na minha frente, carrega no piso 5 (afinal tinha...).
Quando saí ainda lhe ia eu a confirmar alto e bom som que de facto "o melhor que eu devia ter feito era estar-me cagando para si" (sic).
De tal modo que um dos vigilantes (que me conhecem e me falam) veio ver o que se passava.
Eu é que sou burro pois aqui as mulheres cá da família dizem-me sempre que não vale a pena eu armar-me em cavalheiro.
Curiosamente vejo muita rapariga ali entre os 25 e os 35 anos ficar agradada, pelo que não vou desistir mas vou ser selectivo nas idades!
Uma última nota.
Há dias um sujeito pôs-se a fazer várias operações numa caixa multibanco (desta vez foi "um" e não "uma").
Ia dizendo "está quase" e nada de parar com aquilo.
Isto até que o que estava atrás de mim se identificou como "autoridade" com um cartão que não vi e lhe disse que, havendo uma fila, só podia fazer não sei quantas operações (não ouvi o número) e tinha que dar a vez ao seguinte.
Não sei se assim é nem como se poderá impor "a lei" sem levarmos um polícia connosco se assim for, mas que o outro se foi logo embora lá isso foi.
Se alguém conhecer o assunto agradeço me esclareça pois há dias que não há nada como uma boa discussão na caixa do MB para nos pôr logo bem dispostos!»
Do nosso leitor RMG. A propósito deste meu texto.