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Delito de Opinião

O comentário da semana

Pedro Correia, 20.07.14

«O desemprego é uma enorme chaga que nos atingiu para ficar. Oxalá esteja enganado, mas o desemprego em Portugal dificilmente baixará dos dois digitos nos próximos dez ou vinte anos.
Há com certeza muita gente mais habilitada do que eu para explicar as razões desta desgraça. Mas normalmente quem explica as razões do desemprego nunca explica como é que se criam empregos. Eu só conheço duas maneiras:  no estado e nas autarquias, ou então com investimento, muito e bom investimento. O estado e as autarquias têm de reduzir e muito os seus efectivos, e para o investimento é preciso haver quem tenha dinheiro e interesse em fazê-lo, e não há entre os que têm os meios quem esteja interessado em investir em Portugal, que para criar  400 mil empregos  necessita nos próximos cinco anos de investimento equivalente a dez Autoeuropas.
Para juntar a isto, temos entre mãos a falência do maior grupo financeiro português, que vai deixar um rasto de destruição na economia indígena cuja dimensão ninguém ainda se atreve a prever. Mas há um "pormaior" que vai ter um enorme impacto directo na economia portuguesa: 90% de uma parte do calote, cerca de 4 mil milhões de euros, pertence a portugueses. Podemos imaginar o que vai ser o "choro e ranger de dentes" que por aí virá.
Por outro lado, o que os futuros governantes, sejam da direita ou da esquerda, andam por aí a dizer que vão fazer também não augura nada de bom. Por isso, temo que Portugal se esteja a aproximar a grande velocidade de uma "tempestade perfeita".»

 

Do nosso leitor Alexandre Carvalho da Silveira. A propósito deste texto da Teresa Ribeiro.

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