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«Ai os animais em casa: os gatos.
Foi ela quem o trouxe para casa, numa saída a dois para o campo (que tudo o indiciava) prometedora; quando ouviu, mais do que um miado, um débil gemido vindo lá de um buraco.
Um recém-nascido - vá-se lá saber porquê, abandonado pela mãe - que um monte de pulgas deixava ver de gatinho.
Cresceu e fez-se um gatarrão de oito quilos e meio. Nunca respeitou ninguém, nem a mim que tratava dele, mas respeitava a dona que nunca lhe mudou a areia. Essa sim! Para ela tudo, para mim e filhas, soberano desprezo e arranhões.
Nunca mais saiu dos pés dela quando ela se confinou ao leito, quase um ano. E quando ela saiu para não mais voltar, nunca se afastou da porta que se abrira para ela sair.
Morreu dois meses depois enrolado numa saia dela, a pesar menos de quilo e meio.
Ainda hoje, doze anos passados, rezo e choro por ambos.
Estou firmemente convencido que os animais também vão para o Céu. Porque se não, como compreender os sentimentos de amor e dedicação?»
Do nosso leitor O Cunhado do Acutilante. A propósito deste meu texto.
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