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Delito de Opinião

O comentário da semana

Pedro Correia, 29.03.20

«Penso que, como bom funcionário público, está em casa resguardado da peste.

Não é o meu caso.

Hoje tive uma senhora de 94 anos que entrou de cadeira de rodas acolitada pelo filho e pelas duas filhas para se fazerem movimentadores da conta da senhora.

"Sabe, não é por nós, mas com o vírus é melhor para a mãe ter alguém que lhe possa mexer na conta se acontecer alguma coisa."

Acontecendo alguma coisa "à mãe" penso que ela não estará preocupada com o assunto.

Penso que depois de mortos não nos preocupamos com nada.

 

Acho de uma irresponsabilidade tremenda o Banco do Estado (de todos nós como contribuintes) não tomar medidas drásticas, inequívocas.

Enquanto for seguro ir passear para o Banco (não se pode estacionar em Monsanto mas podemo-nos deslocar, alegremente, para uma instituição bancária com 68, 70, 73 e 94 anos de idade para estarmos num ambiente não desinfectado a contaminar e a sermos contaminados.)

A responsabilidade é do Estado.

 

Se é seguro um Banco ter atendimento normal, tudo o resto, também, é seguro.

Qual a lógica de não poder estar dois minutos numa cafetaria para tomar um café e poder estar duas horas num Banco a alterar titularidades de conta?

O "estado de emergência" neste país é uma anedota; como quase tudo.»

 

Do nosso leitor Pedro Oliveira. A propósito deste meu texto.

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