O comentário da semana
«Penso que, como bom funcionário público, está em casa resguardado da peste.
Não é o meu caso.
Hoje tive uma senhora de 94 anos que entrou de cadeira de rodas acolitada pelo filho e pelas duas filhas para se fazerem movimentadores da conta da senhora.
"Sabe, não é por nós, mas com o vírus é melhor para a mãe ter alguém que lhe possa mexer na conta se acontecer alguma coisa."
Acontecendo alguma coisa "à mãe" penso que ela não estará preocupada com o assunto.
Penso que depois de mortos não nos preocupamos com nada.
Acho de uma irresponsabilidade tremenda o Banco do Estado (de todos nós como contribuintes) não tomar medidas drásticas, inequívocas.
Enquanto for seguro ir passear para o Banco (não se pode estacionar em Monsanto mas podemo-nos deslocar, alegremente, para uma instituição bancária com 68, 70, 73 e 94 anos de idade para estarmos num ambiente não desinfectado a contaminar e a sermos contaminados.)
A responsabilidade é do Estado.
Se é seguro um Banco ter atendimento normal, tudo o resto, também, é seguro.
Qual a lógica de não poder estar dois minutos numa cafetaria para tomar um café e poder estar duas horas num Banco a alterar titularidades de conta?
O "estado de emergência" neste país é uma anedota; como quase tudo.»
Do nosso leitor Pedro Oliveira. A propósito deste meu texto.