O comentário da semana
«Quando fui para o Gabão, em 1977, havia uma religião, a católica, e os feriados religiosos eram escrupulosamente respeitados. Sem dúvida educação ministrada a preceito pelos franciús certamente para dissiparem resquícios do São Bartolomeu; e havia os feriados referentes ao próprio país, que também não pecavam por avareza. Dia da Independência, dia da ideia independentista, dia da discussão para o dia da independência, dia do consenso para a independência, dia do presidente, dia do vice-presidente, e por aí adiante.
Um ano depois, a juntar a estes feriados todos, vieram os muçulmanos porque o presidente, antes senhor Albert-Bernard Bongo, decretara o Islamismo no país, - sem abolir o cristianismo, - porque parece que o petróleo tinha mais propriedades energéticas, tendo ele mesmo dado o sublime exemplo de fé e passou a chamar-se senhor El Hadj Omar Bongo Ondimba.
Sabe lá este povo português, eternamente oprimido, o que são feriados.»
Do nosso leitor Corvo. A propósito deste meu texto.