O centenário da morte de Lenine
Ando eu submerso nas minhas coisas, em apneia arfante, por isso desatento ao circundante... Mas ainda assim surpreendo-me. Pois apenas hoje, em visita matinal ao email e através da notificação do simpático "sítio" "RetroNews", que noto ter ontem sido o centenário da morte de Lenine. Concedo, terá havido alguma notícia televisiva que eu não acompanhei. Mas no Google são escassas as referências à efeméride.
E disto retiro mesmo apenas a constatação do quão efémera é a glória. Neste caso política e intelectual (ideológica, se se quiser). Tão propalado foi o "mais importante acontecimento da história do século XX", até mesmo da "história da Humanidade", a "revolução de Outubro" sob a liderança de Lenine. Tão apregoada foi a superioridade - a "virtude" - do marxismo-leninismo. Tão vendidas e mesmo lidas foram as suas "obras" - "escolhidas" e até "completas", quais faróis para o futuro. Isto tudo apenas há algumas décadas, na minha (nossa) vida adulta.
E agora passa-se o centenário da sua morte. E apenas noto isso no simpático almanaque francófono. Não haverá prova maior de que o tal "espectro [que] ronda a Europa - o espectro do comunismo" é uma memória. Esconsa. Malvada, mas esconsa.