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Delito de Opinião

O camarada secretário-geral

jpt, 17.01.20

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Quando eu era puto não fazia ideia disso. Depois cresci e tudo passava tão rápido, era tudo tão rico, tão cheio, que nem pensei no assunto. Entretanto fiquei quarentão e um dia o meu pai morreu. Talvez tenha sido um bocado antes que tomei consciência. E logo depois percebi-o mesmo, aquilo de que ele era a pessoa mais importante na minha vida. Já lá vai quase uma década e faz-me falta (quase) todos os dias.
 
Hoje chegaria a casa, sentar-me-ia, ufano, "então pai, o camarada secretário-geral foi ao "Cristina"!?", e ele abanaria a cabeça, semicerrando os olhos, eu iria ao bar, beberíamos um pequeno rum (o meu algo maior) ou uma genebra (a minha dupla), e elaboraríamos sobre o "ao que isto chegou!". Eu cheio de razões e verve. Ele cheio de razão. Já plácida. Depois ele iria deitar-se. E eu beberia um uísque.

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