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Delito de Opinião

Notícias do lado de lá da raia

Diogo Noivo, 03.11.20

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Cúmplices na miséria ética e nas pulsões totalitárias, extrema-esquerda e extrema-direita saíram às ruas de Espanha para partir e incendiar. Como é próprio dos cobardes e dos tarados, saíram pela calada da noite. A destruição foi rapidamente partidarizada ao bom estilo guerracivilista: o Vox vê antifascistas a queimar contentores; o Podemos vê fascistas a partir montras. Uns e outros só vêem meio país e só falam para meio país. A outra metade responde pelo nome “inimigo”. A radicalização da arena política espanhola está a alcançar patamares nunca vistos em democracia, nem mesmo nos anos de crispación entre o PP e o PSOE de Zapatero.

As causas são profundas e explicam-se com histórias antigas e vergonhas recentes. As mais imediatas encontram-se no momento da investidura do governo em funções. Afinal de contas, Pedro Sánchez jurou respeitar a Constituição e o Rei apoiado por partidos que desejam destruir a Constituição e depor o Rei. Só por milagre a coisa correria bem.

 

ADENDA: a propósito da violência urbana em curso, recomendo a leitura deste texto do Joseba Louzao no El Subjectivo.

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