Não acerta uma
Falando ontem na sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, Rui Rio começou logo por investir contra as «permanentes violações do segredo de justiça», como se isso fosse um grave problema neste país que falha na fiscalização dos dinheiros públicos, é incapaz de combater a corrupção e aguarda há anos pela simples instalação da denominada Entidade da Transparência.
Rio nem percebe como o seu discurso coincide com a habitual retórica dos defensores de todos os corruptos num país em que há seis vezes mais suspensões do que acusações na investigação destes crimes. E como se cola à narrativa de José Sócrates, há poucos dias pronunciado por branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
Diga o que disser, seja em que data for, não acerta uma.