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Para não variar, neste Verão os incêndios florestais multiplicaram-se de forma aflitiva. A estas calamidades pendulares costuma seguir-se o folclore das promessas dos governantes em como vão tomar medidas, sobretudo no que respeita à prevenção, mas este ano, apesar da área ardida ser muito superior à do ano passado, ainda não ouvi um sussurro por parte do governo.
Lembro-me de que em tempos prometeram pôr militares a vigiar as florestas. Pareceu-me uma boa ideia, mas pelos vistos destinou-se, como tantas outras, a fazer notícia. Em vésperas de eleições o que menos interessa aos responsáveis pela saison da queima 2015 é prestar contas. A comunicação social, convenhamos, tem sido um amor, poupando a coligação a explicações. Mas no sábado Marques Mendes surpreendeu-me com uma enorme censura à manifesta incapacidade de o governo zelar sequer pelas áreas protegidas, que estão sob a alçada do Estado.
A incúria, quando atinge elevadas proporções, é crime. Não sei como é que ainda existe país para arder.
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