Menina não entra
Em Atenas, o recém-empossado Governo encabeçado por Alexis Tsipras evitou embarcar em modernices: do novo elenco ministerial não consta uma só mulher, com quotas ou sem quotas.
Aqui está um tema em que a esquerda radical difere claramente da esquerda moderada de Zapatero, Renzi e Manuel Valls, que formaram governos "paritários" em Madrid (2004), Roma e Paris (2014).
Aguardo as primeiras críticas, ainda que tímidas, de grupos feministas ao executivo de coligação entre o Syriza e a direita nacionalista. Aguardo sobretudo uma reacção enérgica do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, que já em 2009 reclamava um "governo mais feminino" a José Sócrates. E um protesto muito sonoro de Ana Gomes, aliás pioneira nestas reivindicações.
Tsipras é até capaz de reconsiderar.