Março de 2017: os meus votos
Figura nacional do mês
Após longa expectativa, e na sequência de várias recusas entretanto noticiadas (Santana Lopes, Morais Sarmento, José Eduardo Martins, Carlos Barbosa, José Eduardo Moniz, Teresa Morais, Sofia Galvão), o PSD escolheu enfim a vice-presidente social-democrata Teresa Leal Coelho para candidata autárquica em Lisboa. Em 2013, esta deputada já figurara como n.º 2 da lista liderada por Fernando Seara, que obteve o pior resultado de sempre do partido na capital.
Figura internacional do mês
O primeiro-ministro Mark Rutte, um conservador moderado, no poder desde 2010, venceu as legislativas de 15 de Março na Holanda, travando o passo à direita radical, encabeçada por Geert Wilders. Mesmo tendo perdido oito lugares no Parlamento, o Partido Popular de Rutte manteve-se como força mais votada, com 21,3% (mais 8,2% que o partido de Wilders). Foi uma derrota das teses xenófobas que provocaram muito ruído mediático durante a campanha.
Facto nacional do mês
Há muito adiada, a venda do Novo Banco foi enfim anunciada pelo Governo no último dia de Março. Um negócio difícil de justificar numa instituição que tinha um valor contabilístico superior a 5 mil milhões de euros em 2014. O fundo norte-americano Lone Star promete injectar mil milhões, assumindo 75% do capital do banco. Os restantes 25% ficam na posse do Fundo de Resolução, sem intervenção na gestão directa mas pronto a assumir eventuais perdas do NB.
Facto internacional do mês
A 22 de Março, o terror chegou ao centro de Londres: um carro descontrolado conduzido por um "lobo solitário" com ligações ao Daesh espalhou o pânico junto ao Parlamento britânico, na ponte de Westminster. Um acto suicida que levou à suspensão dos trabalhos parlamentares e à evacuação da primeira-ministra. Na rua, um rasto sangrento: quatro mortos (além do autor dos atropelamentos) e 40 feridos, de várias nacionalidades, incluindo um português.
Frase nacional do mês
«Bardamerda para todos aqueles que não são do Sporting!» Passavam das duas da madrugada de 5 de Março. Bruno de Carvalho acabara de ser eleito, com 86% dos votos, na mais concorrida eleição de sempre em Alvalade. Terá sido pelo adiantado da hora, pelo cansaço, pela chuva que caía em força? O facto é que saiu-lhe esta frase no improvisado discurso de vitória. Inspirada num célebre desabafo do seu tio-avô, o antigo primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo.
Frase internacional do mês
«Não se pode gastar dinheiro em mulheres e álcool e depois pedir ajuda.» O presidente do Eurogrupo, o socialista holandês Jeroen Dijsselbloem, deixou muita gente estupefacta com esta frase, que suscitou reacções indignadas sobretudo no sul da Europa. O Governo português reagiu com dureza e no Parlamento Europeu não faltaram vozes a exigir a demissão imediata de Dijsselbloem, um dos principais artífices da austeridade financeira na União Europeia.