Marcha pelo clima
Em imensos países os estudantes saem hoje à rua, exigindo melhores e urgentes políticas de protecção ambiental. Em Novembro aqui deixei nota de uma primeira manifestação estudantil, em Bruxelas. Organizada por um pequeno grupo ecológico da Escola Europeia, e já reflectindo o exemplo da estudante sueca Greta Thunberg (com a qual este núcleo tem até algumas relações pessoais prévias), tornada símbolo de um movimento geracional contra a inconsciência produtivista da corporação etária no poder: pois ninguém das gerações adultas quer prescindir de nesga que seja dos seus "direitos adquiridos" ao consumo para assumir as medidas drásticas necessárias. As grandes empresas veiculam a ideia de que é preciso "reciclar" e aumentar os preços dos combustíveis, qual panaceia. Os (neo)comunistas dizem que não, que o necessário é controlar as grandes empresas. Ou seja, sobre isto apenas reflectem a "luta de classes". Nenhum tem razão, pois todos têm razão. É preciso prejudicar todos, para a todos beneficiar. É isso que os putos, tão mais esclarecidos e cultos do que as bestas adultas que ocupamos todos os tipos de poder, nos estão a dizer. Desde então, em constantes (semanais) manifestações, num movimento crescente em vários locais do mundo, em mais de 100 países (notícias indicam 123).
Nota: no postal que fiz há meses recebi um conjunto abjecto de comentários boçais, os imundos patetas negacionistas - epígonos do bloguismo "Blasfémias", tudo reduzindo à crença de que se a livre empresa é virtuosa e a intervenção estatal prejudicial então o aquecimento global é um mito (chinês, dizem agora os trumpianos) para minar o "ocidente". Não tenho qualquer paciência nem respeito por esse lixo humano. Poupem-se ao teclar, mal me assome esse mau hálito apagarei sem ler.