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Delito de Opinião

Maldito corrector

Pedro Correia, 27.09.23

Cada vez que escrevo puta, este estupor emenda para pura. Apetece-me mandá-lo àquela parte. Até já experimentei. Mas emendou-me logo também.

32 comentários

Anónimo 27.09.2023

mas putinista não emenda para purinista.
Pedro Correia 27.09.2023

Mas emenda anónimo para asnónimo.
Anónimo 27.09.2023

isso é você com as habituais trafulhices devido à pensão de alimentos e não o corrector.
Pedro Correia 27.09.2023

Fala-se em asnónimo e logo um acorre à chamada. Desta vez o corrector estava certo.

Maria Dulce Fernandes 27.09.2023

Creio que os correctores ou são voyeurs ou são feministas. O seu emendou-o para "pura", o meu, que até lhe iria dar um elogio, "emendou" de pudico para púbico! O que irá na ideia destes bichos?
Pedro Correia 27.09.2023

Têm-me aparecido as coisas mais esquisitas via corrector, Dulce. Exemplo: escrevo MeToo "à portuguesa", MiTu - e aparece Minto.
Haverá relação entre uma coisa e outra?
Maria Dulce Fernandes 27.09.2023

Talvez a falta de autenticidade em muito história que causou muito mal a muita gente, Pedro. Até os presumidos correctores conseguiram ratificar inverdades...
Pedro Correia 27.09.2023

Voltei a apreciar muito os filmes das décadas de 80 e de 90, antes de haver os tais "consultores de intimidade" que agora pululam por Hollywood à espreita de um mamilo ou uma nádega - os novos censores, de tesoura em riste. A mando das Diaconisas Sem-Remédio.
Havia muito mais liberdade nessas duas décadas. Saudade...

urinator 27.09.2023

o meu emendou caça para caca
e saciedade para sociedade
Pedro Correia 27.09.2023

Podia ser pior. Se emendasse força para forca.
balio 27.09.2023

Há também corretores que trocam "corpo" por "porco".
E outros que transformam "alma" em "lama".
Pedro Correia 27.09.2023

Alguns trocam popó por pipi.
Anónimo 28.09.2023

épópipi = penso higiénico em chinês.
Pedro Correia 28.09.2023

Aspirador é limpopó.

Paulo Sousa 27.09.2023

Chegamos a um mundo em que, já aqui escrevi sobre isto, a tecnologia nos infantiliza. Os automóveis não se calam enquanto não se colocar o cinto no banco do pendura, mesmo que ali siga algo cujo peso acione o sensor. Apitam sempre que se ultrapassa a velocidade ou quando se pisa um traço continuo. Há relógios que tremem a avisar que está na altura de ir andar um bocado a pé.
Esta total infantilização do cidadão, chegou também à política. Mente-se descaradamente, para "proteger" o eleitor das más notícias, o qual, mesmo sabendo estar a ser enganado continua a preferir as mentiras polidas do que as ásperas verdades. Tentam que a realidade fique fora de moda, mas o pendulo da história irá mostrar-lhes que não têm hipótese.
Pedro Correia 27.09.2023

Valha a verdade, Paulo, há cada vez mais pessoas a querem ficar aprisionadas pela tecnologia que conduz à tal infantilização. Sociedade povoada de adultos-crianças. Incapaz de se orientar seja para onde for: o GPS serve para tudo.
Conheço gente que anda com aparelhos a medir as pulsações e os batimentos cardíacos. Outros com aparelhos a medirem a totalidade dos passos que dão por dia. Muitos incapazes de pagarem um café com moedas pois deixaram de usá-las e recorrem ao dispositivo digital para tudo.
Tantas vezes me interrogo: no dia em que houver um apagão gigantesco, talvez até à escala planetária, o que fará toda esta gente hoje escrava da tecnologia para os mais banais actos do quotidiano?
balio 27.09.2023

O Banco de Portugal deseja que em Portugal, tal como já se faz noutros países europeus, (quase) todos os pagamentos sejam obrigatoriamente feitos através do sistema bancário, deixando virtualmente de haver notas e moedas em circulação.

Quando isso acontecer e houver o tal apagão (que até pode ser causado por uma cegonha presa numa linha de alta tensão, ou por não haver vento para as ventoinhas eólicas, ou por os russos fazerem um ciberataque), ficamos todos sem poder comprar o jantar.
Pedro Correia 27.09.2023

Ficam milhares de nepaleses e paquistaneses sem emprego em Portugal.
lucklucky 27.09.2023

Estou curioso para as alterações no cérebro que vão acontecer.
Pedro Correia 27.09.2023

Tentei agora escrever cabrão, saiu-me Cabral.
Tem boas maneiras, o meu corrector.
Anónimo 28.09.2023

Se escreveu 'o cabrão do ministro' deve ter sido alterado, se escreveu 'o rio Cabrão está com pouco caudal' não sei se o corrector alteraria.
E temos os correctores em crioulo brasileiro, p.ex. nas traduções.
Pedro Correia 28.09.2023

Tentei escrever o nome de uma das rubricas radiofónicas abordadas pela nova deputada do PAN-Madeira e o corrector voltou a entrar em cena.
Saiu «A minha pilha ficou ON FIRE.»
https://www.publico.pt/2023/09/27/politica/noticia/monica-freitas-activista-feminista-fez-pan-dar-mao-psd-madeira-2064776
Anónimo 28.09.2023

Em tempos, quando houve mil e uma maneira para deixar de fumar, apareceu uma cigarreira com um relógio para marcar determinada hora para abrir. A que eu vi já estava arrombada e servia de cigarreira normal.
Pedro Correia 28.09.2023

Uma geringonça, portanto.

Timóteo Riva 27.09.2023

Bons dias!
Pois o meu corrector, assaz teimoso, insiste em dizer-me que a grafia adequada de <
[Error: Irreparable invalid markup ('<cabrão>') in entry. Owner must fix manually. Raw contents below.]

Bons dias!
Pois o meu corrector, assaz teimoso, insiste em dizer-me que a grafia adequada de <<cabrão>> é <<carvão>>. E já me ocorreu de mandar uma nota a um canalha que nada compreendeu de tal alusão que aparecia entre dois insultos. .. Saudações cordiais,
Pedro Correia 27.09.2023

De facto o seu corrector não parece andar a bater muito bem. Este comentário é a prova disso.

Anónimo 27.09.2023

Curioso. Quando escrevo puta, o meu corrector diz-me que devo reforçar o investimento, porque, diz ele, é um bom negócio. Coisas de corrector.
Pedro Correia 27.09.2023

O seu corrector mudou de ofício sem o avisar.
Tornou-se corretor.

Anónimo 27.09.2023

"Atão", e a pérola do Atlântico... não merece um "postalito"?
Ou é demasiado confrangedor?
Pedro Correia 27.09.2023

Ainda não tive oportunidade de ouvir o "Masturbador Virtual".
https://womanizate.pt/masturbador-virtual/
Quando ouvir, pronuncio-me.

https://observador.pt/especiais/eutanasia-sexualidade-com-religiao-e-criticas-a-jardim-as-polemicas-reflexoes-da-nova-aliada-de-albuquerque-na-madeira/

Carlos Sousa 27.09.2023

Por acaso nunca senti necessidade de escrever às putas, se tenho alguma coisa a dizer, é pessoalmente e na cara dos filhos. Corrija-me se estou errado.
Pedro Correia 27.09.2023

Dificilmente terá, se o seu corrector for como o meu.
Perderá o seu tempo a escrever às puras.

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