Jornalismo de 1ª grandeza, bem assente na informação de uma instituição oficial do regime saudita - o "Gulf Centre for Human Rights".
Human rights na Arábia Saudita, é quando têm a clemência de deixar Human lefts. Quando cortam à esquerda e à direita, pois nesse caso não saem notícias.
Não interessa, quando a cegueira ataca.
O Assad caiu tão baixo no ranking dos torcionários tolerados pelo ocidente, que até os sauditas já o acusam de tortura.
Nem uma palavra sobre o crime: só considerandos de ordem política, blablablá. Para certas pessoas, a ideologia comanda tudo. Daí ao grito "Morte aos traidores!", do MRPP, vai um curto passo. No limite, "traidor" é tudo quanto mexe.
Num país completamente arrasado, nem uma única palavra sobre o genocídio conduzido pela política ocidental e dos países do golfo para tentar depor Assad.
Não. O que interessa mesmo é saber o que aconteceu a um cartunista que escrevia contra Assad e que desapareceu em 2012. Já os que escrevem contra o regime saudita, esses estão todos bem de saúde. O Golfo recomenda-se como referência de direitos humanso.
O que interessava era tirar Assad de lá, tal como era tirar Gadafi da Líbia. Foi tudo formidável, maravilhoso. A Líbia também está óptima, e o Egito então, esse está lindo!
8 milhões de refugiados depois, ora diga lá se não valeu a pena ter as agências secretas a inventar mais primaveras deste calibre.
Há gentinha para quem as evidências de merda nunca são suficientes para o seu nariz. Deve ser do faro muito apurado.
É o que eu chamo um comentário obsceno - típico de muitos anónimos, sem coragem sequer para assumir a obscenidade que no fundo os envergonha. A ditadura síria prende um cartunista cuja única arma era um lápis. Mete-o numa cela, onde acaba por morrer após ter sido alvo de torturas. E você fala... em geopolítica. Sem condenar a ditadura. Pelo contrário, justifica e "compreende" o tirano, enquanto critica quem o combate. Sem sombra de pudor. Qualquer salazarista puro e duro teria reagido assim quando a PIDE matou o escultor José Dias Coelho. Qualquer fã do Pinochet teria reagido assim quando o Victor Jara foi assassinado. Justificando tudo pela geopolítica e assegurando que o melhor era manter a ditadura senão ainda surgiria outra coisa eventualmente pior. Obsceno e repugnante.
: mas afinal é obsceno o que se passa na Libia ou não? Com Kaddafi, sabemos que era. Mas e agora, sem ele?
: afinal o problema era o Kaddafi ou são os franceses e americanos a tratarem dos seus negócios em território alheio usando mercenários?
: o que é que o cartunista torna Assad em mais ou menos criminoso? Quem mata 100 mil passa a mais criminoso por matar 100 mil e um?
: grande coragem a do Pedro Correia em alinhar com o internacionalmente correto. Está a correr grandes riscos, arrisca a ter o Assad à perna, veja lá, nem sei se consegue dormir assim.
Muda o pseudónimo, mas continua o mesmo discurso. Em louvor da criminosa ditadura síria. Parecem vários anónimos, mas é só um. E faz bem em permanecer anónimo, pois defende o indefensável.
A morte de Kadaffi e Saddam ás mãos das potências internacionais e com o beneplácito das monarquias do golfo (á excepção da Jordânia) já provocou mais sofrimento e mortes que o que as mesmas alguma vez poderiam ter causado.
Quem se recusa a ver isto NÃO É SÉRIO e contribui todos os dias para que milhões continuem a sofrer e não satisfeito agora quer espalhar o caos pela Europa.
P.S. - Já somos 2 anónimos Pedro Correia neste post e felizmente existem dezenas de milhares de Portugueses que sabem pensar entre os quais este que diz :
""As grandes potências ocidentais esqueceram-se de uma regra de prudência governativa: de entre dois males, deve escolher-se o mal menor", frisou, dando como exemplo a atual situação do Iraque, "que vai de mal a pior e talvez estivesse melhor sob o governo de um ditador que foi enforcado", Saddam Hussein ."
Acho sempre interessante aqueles que celebram a queda da ditadura em Portugal (não é o seu caso, presumo) mas que, de cravo vermelho ao peito, combatem as quedas de outras ditaduras dizendo que seria preferível aqueles povos continuarem a ser apascentados por tiranos. "Depois do ditador, o dilúvio", advertem. Em Portugal, durante meio século, não faltou também quem dissesse isso. Sem a hipocrisia, valha a verdade, de usar cravo vermelho na lapela.
Ana Lima, Ana Margarida Craveiro, Ana Sofia Couto, André Couto, Bandeira, Cláudia Köver, Coutinho Ribeiro, Fernando Sousa, Francisca Prieto, Inês Pedrosa, Ivone Mendes da Silva, João Campos, João Carvalho, José António Abreu, José Gomes André, José Maria Pimentel, Laura Ramos, Luís M. Jorge, Marta Caires, Paulo Gorjão, Rui Herbon, Rui Rocha, Tiago Mota Saraiva