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Delito de Opinião

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Encontros e compras nesta Feira do Livro

Pedro Correia, 09.06.23

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Três incursões à Feira do Livro de Lisboa. A terceira, ontem, com direito a aguaceiro: é da praxe a chuva de quase-Verão, com vento a condizer, neste certame que tanto apaixona alfacinhas e visitantes de outras paragens.

Este ano mantêm-se os 340 pavilhões, agora em representação de 981 chancelas editoriais. Ampliou-se o espaço de comes e bebes. E é visível que muita gente não se limita a deambular pelo Parque Eduardo VII: abundam os sacos de compras. 

Abraço um dos meus editores (Rui Couceiro, da Contraponto). E também o João Severino, parceiro de há longos anos, desde os tempos de Macau: está no pavilhão da Âncora com o seu recentíssimo livro de memórias, Recordador Olex - acompanhado do João Paulo Diniz, figura histórica da rádio portuguesa, que pôs no ar a senha do 25 de Abril aos microfones da Rádio Renascença. Há quase meio século.

 

Reencontro o José Manuel Barroso, velho camarada das lides jornalísticas. Deparo com a Helena Sacadura Cabral felizmente muito afadigada a dar autógrafos: interrompo-a por uns segundos para lhe dar um beijinho, satisfeito por a ver em boa forma. Sinto também orgulho ao ver as minhas amigas Filipa Martins e Maria Inês Almeida sempre com sucesso junto dos leitores.

Cruzo-me com gente conhecida. Pacheco Pereira sobe e desce a alameda, nervosamente: lembra-me a Luísa do poema "Calçada de Carriche", de Gedeão. Tozé Brito conversa, descontraído, com quem o aborda: os anos não parecem passar por ele. Saúdo um sorridente Júlio Isidro: «Viva, Senhor Televisão!»

Cumprimento a Anabela Mota Ribeiro, com quem me cruzei há largos anos no histórico edifício do Diário de Notícias quando o jornal vivia um dos melhores períodos de sempre, em absoluto contraste com o actual.

 

E trago livros, claro. Entre outros, estes que aqui mostro (um deles foi-me oferecido): Tempestades de Aço, de Ernest Jünger; Liderança, de Henry Kissinger; O Dever de Deslumbrar (biografia de Natália Correia, escrita pela Filipa); Paralelo 42, de John dos Passos (pechincha do dia: apenas 8 euros num alfarrabista). 

Nas filas de autógrafos, ontem a maior era - de longe - a do José Milhazes. Elogiado, incentivado, acarinhado e fotografado por um vasto público. Fiquei satisfeito por o ver imerso nesta onda de popularidade, rubricando exemplares das suas obras no recinto do conglomerado Leya. Trago prova do que vi. E deixo testemunho de uma frase que ali escutei: «Slava Ukraini!»

Nada mais apropriado.

 

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