Leituras ao domingo
“O príncipe que é generoso e cumula de benefícios os súbditos acabará, quando esgotar o que tem, por lhes exigir mais impostos, acabando assim com a fama contrária à que orientou a sua acção. Em contrapartida, o que é poupado e não distribui benefícios, a princípio, ganha fama de mesquinho, mas, em vindo a guerra ou outra calamidade, é capaz de as enfrentar sem ter de sacrificar o povo, adquirindo assim a fama oposta.”
Diogo Pires Aurélio (2012), “A fortuna, ou o imprevisível em política” in António Bento (org.), Maquiavel e o Maquiavelismo, Coimbra: Almedina, p. 90.