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«A América havia sido construída por gente irrequieta, apaixonada por horizontes. Alguns tinham morrido nessa caminhada, a sua carne fora pasto dos coiotes e os seus ossos tinham ficado na grama ou nas correntes geladas; outros tinham continuado. Às vezes paravam porque certo lugar lhes parecia bom, ou porque algum vizinho se tinha estabelecido ali, ou porque houvesse uma nascente de água, ou madeira, às vezes porque o horizonte lhes acenava pela última vez. Se o vento gelado ou um rio havia sido transposto, ou se um dos bois caísse, tossindo umas duas vezes e morrendo, não tinha importância que o colono tivesse ambição ou não: um homem inteligente não valia mais, então, do que um imbecil. Os olhos ansiosos endureciam e a ambição de um, como a falta de iniciativa do outro, produziam o mesmo resultado, isto é, a sobrevivência. Aquela gente remexia na terra para viver - e quando recordava o que tinha feito resultava quase sempre no nascimento de um novo estado.»
Niven Busch, Duelo ao Sol (1944), pp. 237/238
Ed. Publicações Europa-América, 1979. Tradução de HSN. Colecção Livros de Bolso Europa-América, n.º 91
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