Leituras
«A autoria mortal da "Noite Sangrenta" de 21 de Outubro de 1921 não foi reivindicada por ninguém, embora a execução violenta de António Granjo, Carlos da Maia e Machado Santos tenha sido reclamada pelo cabo José Olímpio perante um jornalista em estado de choque emocional. Condenada por organizações políticas, dirigentes e grupos ideológicos, a "Noite Sangrenta" representou um golpe de morte na Primeira República. Por muito obscura que continue a ser a sua motivação, as suas consequências políticas foram o princípio do fim de um regime que quis responder às aspirações do movimento republicano de democratizar o sistema liberal monárquico, sob uma forma republicana, e falhou.»
João Miguel Almeida, A Noite Mais Sangrenta, p. 148
Ed. Manuscrito, 2024