Leituras
“Era a terra dos brandos costumes, a merda daquela terra e daquela gente de Lisboa, famílias que se conheciam, que tinham sempre um primo na oposição, outro na situação, um na esquerda, outro na direita. Era o Portugal d’Os Maias e d’A Capital, o Portugal queirosiano, dos «tipos muito meus amigos», dos Dâmasos e dos Acácios, daquela amálgama ou máfia que ficava sempre à superfície, mesmo no esgoto. O seu era mais o Portugal profundo, o Portugal rústico de carabina e navalha do Camilo.”
Jaime Nogueira Pinto, Os passageiros da sombra.
Ao contrário do que possa parecer, isto foi escrito antes da recente conversa de Marcelo Rebelo de Sousa com os jornalistas estrangeiros.