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Delito de Opinião

Leituras

Pedro Correia, 01.09.19

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«As palavras são volúveis. Vêm de contrabando, estabelecem-se, envelhecem, desaparecem. Às vezes morrem, outras vezes ficam adormecidas e são despertadas pelo beijo mágico de algum príncipe das letras, que pode ser um humilde jornalista. Pulsam, ecoam, modulam a sua própria ressonância. Reverberam, espalham reflexos para todo o lado. São rebeldes, desapertam as cordas, esgueiram-se das clausuras. São leves e aéreas. São pesadas como tanques. Abismam-se, ampliam-se, encolhem-se. Redimensionam-se. São como o deus grego Proteu, sempre a mudar de forma e mesmo de género ("mha senhor", dizia-se antes de "senhora" assumir o feminino).»

Mário de Carvalho, Quem Disser o Contrário é Porque Tem Razão (2014)p. 224

Ed. Porto Editora, 2015

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