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Foto: Lusa
«Hoje, o futuro é um vento que sopra a uma velocidade que o primeiro-ministro não controla. A seu favor ou contra a sua vontade, as suas criações têm vida própria, autonomia, ambições, força. (...) Pedro Nuno Santos e Marta Temido só têm tudo isso porque António Costa criou, inadvertidamente ou não, um ambiente onde a ressurreição é inevitável porque a morte política nunca é definitiva.
Temido deixou o Ministério da Saúde com o maior crescimento de mortalidade na União Europeia entre o pré-pandemia e o pós-pandemia ‒ 24% ‒ e o SNS com a maior dependência de sempre do setor privado. Pedro Nuno Santos indemnizou uma administradora de forma ilegal, nomeou-a para uma empresa pública de forma igualmente ilegal, nada disse ao vê-la tornar-se secretária de Estado do Tesouro, nada disse sobre lembrar-se ou não da indemnização, esqueceu-se de ter aprovado o valor da mesma, recordou-se ao dar milagrosamente com uma conversa eletrónica e demitiu-se. Mas nada disso importa ‒ ou importou ‒ e do relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP ao ânimo do grupo parlamentar do PS quase dá ideia de que bom, bom, bom era o dr. João Galamba ser amanhã substituído pelo seu antecessor na pasta.»
Sebastião Bugalho, aqui.