O problema principal, a meu ver, relaciona-se com a perda de importância da cultura ( o pensamento pelo prazer do pensar), em sentido lato, relativamente ao conhecimento tecnológico (o pensamento ao serviço da produção material). Mas também à proeminência de um certo tipo de ser - Homo economicus, um Homem egoísta, "pragmático", não reflexivo, quanto aos meios usados para alcançar um determinado fim, que ser quer imediato - derivado do que a modernidade, via publicidade, entende como realização pessoal / natureza humana/sucesso. Uma consumação pelo consumo.
Quantos usam a contemplação e não a aquisição na busca da felicidade? Uma minoria hoje e sempre
Porventura o "problema "dos Maias é mais antigo, não sendo de "hoje" . Penso que há 40 anos haveriam alunos que o liam e outros que o tresliam. Assim como os Lusiadas, ou a obra de Fernando Pessoa.
Há uma grande vantagem que reconheço aos conhecimentos tecnológicos relativamente aos humanísticos. Vantagem que reside na avaliação. Nas tecnológicas a avaliação é direta e cristalina - se funciona, está certo; se não funciona, está errado. Nas humanistas, tudo se torna muito subjetivo. E nós adoramos esconder-nos, do mérito, atrás do subjetivismo. Por um lado, tudo é relativo. Por outro lado, somos todos iguais... todos funcionários públicos! Perguntem aos sindicatos. João de
Para o bom uso da tecnologia é fundamental um aprofundado conhecimento humanístico. E o maior ou menor conhecimento humanístico determina o sentido da investigação cientifica - ex: telemóveis, ou sondas espaciais.