O meu filho mais velho, que entrou agora na universidade, recusou-se a ler Os Maias. Nem sequer leu aquelas súmulas que são publicadas para alunos a ensinar-lhes o básico daquilo que deveriam ter lido. Para responder nos exames recorreu a cábulas que a mãe lhe fez.
Tal como não leu Os Maias, também não leu nenhuma das outras obras de leitura obrigatória.
Ele lê; mas coisas que lhe interessam e atuais. Não lê velharias.
Seja. Não será então uma pistola, mas não andará longe das suas vontades uma pira ritual onde essas "velharias" todas arderiam exemplarmente. O mundo ficaria bem melhor, sem dúvida, só com "coisas que interessam". Coisas "atuais", evidentemente.