Lápis L-Azuli
Hoje lemos Ildefonso Falcones: "Os Herdeiros da Terra".
Passagem a L' Azular: "O mar... é uma imensidão que não pensa. Apenas se move uma e outra vez, e de novo, e de novo.
E de novo. Ano após ano, século após século. Majestoso, sim, mas morre sempre aqui, aos pés de quem o vem contemplar. Amanhã será igual. E no dia em que devastar, matar e semear a destruição, não sabe porque o faz. Se estivermos a falar de sons, prefiro o riso de uma criança ou o estertor de um velho."
O mar. Crescemos com o mar. Alguns a saber do mar desde pequenos, por histórias ou pela maravilhosa história deste país. Outros, mais afortunados, foram embalados pelo mar desde o berço, ouvindo-lhe o murmurar até dormir.
O nosso mar confunde-se com o país. Pai e padrasto, berço e túmulo. Muito dá e tudo leva.
De qualquer modo, e se estivermos a falar em sons, prefiro sempre o do marulhar vagaroso das ondas a qualquer outro de que me possa lembrar.