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Delito de Opinião

Lápis L-Azuli

Maria Dulce Fernandes, 14.06.25

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Hoje lemos David Baldacci: "A Memória".

Passagem a L' Azular: "Cinzento. Para ele, como para muitas pessoas, era uma cor confusa. Não se prestava a nenhuma interpretação específica. Era uma cor que podia ir para um lado ou para o outro. As pessoas queriam desesperadamente que o mundo estivesse bem definido, a preto e branco. Tornava a vida muito mais fácil: as decisões difíceis desapareciam; tudo estava bem organizado e catalogado. E as pessoas também. Mas o mundo não era assim. E as pessoas que o habitavam também não. Pelo menos para aqueles que se deram ao trabalho de explorar a sua complexidade. As áreas cinzentas."

Diz-se que, apesar de podermos descrever um sonho em todo o seu esplendor, a verdade é que cerca 75% dos humanos sonham a preto e branco. Esta afirmação também não é de todo correcta. Se tivermos em atenção uma fotografia antiga, o preto está lá, o branco também,  mas mais do que a luz e a sua ausência,  existem todas as possíveis e imaginárias nuances de cinzento. 

Como o sonho comanda a vida, compreendemos a cor e todas as nuances do espectro cromático e daí tiramos as ilações necessárias ao entendimento das áreas cinzentas e daqueles tons que nos escapam a olho nu, mas que, fugazmente, vamos descobrindo por detrás do ângulo cego no disco óptico da retina, e que nos deixam com a sensação de termos visto algo aterrador que não sabemos explicar.

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