Lápis L-Azuli
Hoje lemos Luis Zueco, "O Mercador de Livros"
Passagem a L' Azular: “- Escusado será dizer que o talento não está relacionado com a fé, nem com a bondade, são coisas muito distintas. Por isso, há que ser prudente na hora de julgar um homem; o mais tonto pode ser um artista habilidoso ou o mais cruel ser um bom governante, o ser humano é assim... contraditório e incompreensível na sua história.”
Como se tem vindo a comprovar, os tontos são uns artistas pródigos em habilidades disparatadas, e os cruéis governam como sempre govenaram: gerem "bem", mas quase sempre em seu proveito e em proveito daqueles a quem devem favores.
Mas não podemos excluir nunca que os cruéis podem ser uns habilidosos palhaços e os artistas de comédia podem ser homens de bem, eleitos democraticamente por sufrágio universal. É tudo uma questão de mão. Embaralha, volta a dar, faz bluff, cara de pedra, abre a boca, sai asneira e sempre quero ver o que acontece quando os trunfos começarem a desaparecer, e não tiverem na mão as tais cartas com as quais esperam ir a jogo e arrebatar uma vitória incondicional.