Lápis L-Azuli
Hoje lemos Curzio Malapart, "A Pele".
Passagem a L' Azular: "O preço da liberdade é elevado — muito maior do que o da escravatura. E não se paga em ouro, nem em sangue, nem nos mais nobres sacrifícios, mas em cobardia, em prostituição, em traição e em tudo o que há de podre na alma humana.”
Onde é que pára a... liberdade? Sim, porque as promessas de liberdade são muitas, mas são todas vãs.
A única e verdadeira liberdade, aquela à qual ninguém corta as raízes é, como disse Camões e muito bem, a do pensamento. Mas (porque tem sempre de haver um mas) quantos se crêem livres e tornitruantes da sua condição, quando têm o pensamento manietado por ideias e ideais retrógrados, podres e até ridículos de publicitar. Por serem donos daquela verdade que pensam que os liberta, cada vez mais se afundam e se embrenham no torvelinho das calúnias. São felizes assim, benza-os Deus, desde que a sua felicidade nunca impeça a felicidade dos demais.