Lápis L-Azuli
Hoje lemos: Zoufa Katouh, "Onde Crescem os Limoeiros".
Passagem a L-Azular: "Do outro lado, a segurança – não a liberdade. Estou a deixar a liberdade para trás e consigo sentir a dor da terra quando saio do carro. As ervas daninhas cansadas tentam envolver os meus tornozelos implorando-me para ficar. Murmuram histórias sobre os meus antepassados. Aqueles que estavam exactamente onde eu estou. Aqueles cujas descobertas e civilização abrangeram o mundo inteiro. Aquele cujo sangue corre nas minhas veias. As minhas pegadas afundam-se profundamente no solo, onde as deles já foram apagadas há muito tempo. Suplicam-me: o país é teu. Esta terra pertence-me a mim e aos meus filhos."
Não obstante o sentimento de pertença, o desolador pensamento de desenraizamento, a dor de trocar a liberdade pela persistente ideia da segurança, eles partem aos milhares, sem destino certo, apenas ansiando a tranquilidade e a preservação. O amanhã é incerto. Como certo têm apenas um desejo: "— E havemos de voltar — havemos de voltar para casa. Plantaremos novos limoeiros. Reconstruiremos as nossas cidades e seremos livres."