Lápis L-Azuli
Hoje lemos: John Grisham, "Tempo de Matar".
Passagem a L-Azular: “Olha-se para o crime e olha-se para o criminoso. Se for um traficante de droga que dispara sobre um agente anti-droga disfarçado, então é condenado prisão perpétua. Se for um vagabundo que viola uma menina de três anos, a afoga enquanto pressiona a sua cabecinha num lamaçal e depois atira o corpo de uma ponte, então condena-se à morte e damos graças a Deus por ter sido executado. Se for um condenado que invade uma casa a altas horas da noite e espanca e tortura um casal de idosos antes de os queimar juntamente com a sua casa, então amarra-se a uma cadeira, liga-se alguns fios, reza-se pela sua alma e puxa-se o interruptor. E se são dois idiotas que violam uma menina de dez anos e lhe dão pontapés com botas de cowboy de bico fino até que as suas mandíbulas se partam, então, feliz e, alegremente, fechamo-los numa câmara de gás e regozijamo-nos em ouvi-los gritar. É muito simples. Os seus crimes foram bárbaros. A morte é demasiado boa para eles, demasiado boa.”
Tirar uma vida é sempre condenável. Ninguém tem o direito de tirar uma vida. Nem o estado. Esta foi quase sempre a minha posição em relação à pena de morte. Quase sempre.
Já me pensei capaz de tirar uma vida, porque há vidas que não merecem viver.