Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Delito de Opinião

Lápis L-Azuli

Maria Dulce Fernandes, 03.04.24

Charlotte-s-Web.jpg

Hoje lemos: E.B. White, "A Teia de Carlota".

Passagem a L-Azular: “O que queres dizer com menos do que nada? Não creio que exista menos do que nada. Nada é absolutamente o limite do nada. É o mais baixo que se pode ir. É o fim da linha. Como pode algo ser menos do que nada? Se houvesse algo que fosse menos que nada, então nada não seria nada, seria alguma coisa - mesmo que fosse apenas um pedacinho de alguma coisa. Mas se nada é nada, então nada nada tem, que seja menos do que é.”

Será que menos do que nada existe? Não é possível, nada é nada. Foge a toda a lógica classificar seja o que for como menos do que nada. 

Os homens e os seus juízos de valor, sempre a encontrar dilemas, indecisões e impasses filosóficos para embrulhar mais ainda os dias que passam, e passam com a ligeireza da gravidade que lhes arrasta os pés.

Mas na verdade se tu julgas algo ou alguém como nada e tens, no teu parecer, outrém ou outra coisa qualquer num nível muito inferior, que valor lhe atribui a tua escala pessoal? Menos do que nada? 

Mas, em assim sendo, menos do que nada tem valor. Tem esse valor, é, é menos do que nada. 

Mas se é, existe, certo? 

18 comentários

Comentar post