Lápis L-Azuli
Hoje lemos: Philip Kerr, "O Criminoso Pálido"
Passagem a L-Azular: “Não sou um cavaleiro numa armadura brilhante. Sou apenas um homem castigado pelo tempo, encostado numa esquina, com um sobretudo amassado e uma ideia cinzenta de algo que se poderia muito bem moralidade. Claro que não sou muito escrupuloso sobre tudo o que pode beneficiar o meu bolso e dificilmente poderia inspirar um bando de jovens delinquentes a fazer boas acções, mas de uma coisa estou certo: Cansei-me de baixar os olhos e olhar para minhas mãos sempre que havia ladrões na loja."
Infere que a honra e a virtude foram obliteradas e tornaram-se coisa do passado. Deveria ler-se: "Apesar de todas as vicissitudes capazes de abater qualquer campeão de lide, há sempre quem careça de mais, quem necessite do apoio de uma mão amiga forte e as armaduras brilhantes são tantas vezes sobretudos surrados. O importante não é o que se mostra mas o que se sente e o que se faz."
Ajudar desinteressadamente não é dar esmola ou presdigitar um falaz IVA a 0%, é atender às reais necessidades de quem desespera na vida.
(Imagem Google)