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Delito de Opinião

Lápis L-Azuli

Maria Dulce Fernandes, 27.05.23

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Hoje lemos: Mário Zambujal " A Crónica dos Bons Malandros"

“Linhas paralelas que não tardaram a encontrar-se porque a vida não é assim tão geométrica.”

Passagem a L-Azular. Interfere com o conceito geral da criação. Deveria ler-se: "A nossa vida não é geometria nem é verdadeiramente nossa para calcular. Não escolhemos fazer a admissão e muito menos o check-out. Temos licença para viver e até essa poderá ser revogada a qualquer momento. É por isso que a vida é tão preciosa e é importante vivê-la bem, nos tempos de ouro e nos tempos de lixo".

Há de convir que o ouro não se come, não se bebe, não agasalha nem consola pela textura, e que o lixo, com vontade e paciência, tem sempre algum modo de ser reciclado. Um bom malandro é um bom reciclador. Mestre em paralelismos intersectados, consegue reciclar bosta em erva de cheiro e mostrar ao país que continua a ser um ás e que só não vê quem sofre de miopia progressiva. Aguardo o desfecho da JMJ, e o sequente acto de contricção, em que o país pedirá desculpa e indemnizará a igreja pela inépcia no tratamento de um acontecimento único. Após estes acertos, o malandro poderá mudar tranquilamente da esquina nacional para outra mais europeia. É o que os malandros fazem, mudam de esquina.

(Imagens Google)

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