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Delito de Opinião

Kirk Douglas: e vão cem

Pedro Correia, 09.12.16

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Conheço poucos actores que tenham protagonizado tantas  obras-primas dos mais variados géneros - do épico ao negro, da comédia ao drama, do western ao filme de aventuras.

Na tela foi Van Gogh, Ulisses, Doc Holliday, Ned Land, o general Patton. Entrou num dos melhores noirs de sempre (O Arrependido, 1947), na mais genial sátira do jornalismo (O Grande Carnaval, 1951), numa assombrosa viagem aos bastidores de Hollywood (Cativos do Mal, 1952), numa fabulosa película anti-guerra (Horizontes de Glória, 1957).

Filmou com quase todos os grandes mestres - Vincente Minnelli, Billy Wilder, Elia Kazan, John Huston, Robert Aldrich, Stanley Kubrick, William Wyler, John Sturges, Henry Hathaway, Anthony Mann, Joseph L. Mankiewicz, King Vidor, Stanley Donen, Otto Preminger.

Foi também um homem sem medo, na vida como nos filmes: rompeu com a lista negra de Hollywood que marginalizava profissionais talentosos por motivos políticos, contratando o proscrito Dalton Trumbo como argumentista de Spartacus, longa-metragem que interpretou e produziu em 1960.

Kirk Douglas, lenda viva do cinema e nosso colega da blogosfera, festeja hoje cem anos: tantas décadas depois, ainda nos concede o privilégio de permanecer connosco. Atento espectador entre milhões, daqui lhe presto uma reconhecida e grata homenagem.

 

Leitura complementar:

Kirk Douglas at 100: a one-man Hollywood Mount Rushmore, no Guardian.

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