Jerónimo e Putin: a mesma luta
Alguém devia avisar o PCP - partido onde milita um ex-deputado que nega o Holodomor, genocídio praticado por Estaline na Ucrânia há 90 anos - que os povos têm o direito de escolher o seu destino. É um princípio impresso desde 1945 na Carta das Nações Unidas, que os comunistas portugueses costumam invocar mas parecem desconhecer por completo. Se a conhecessem, não apareceriam agora, pela boca do seu secretário-geral, a criticar a decisão soberana assumida pelos governos de Estocolmo e Helsínquia de pedirem a adesão à NATO.
Suecos e finlandeses sabem enfrentar as ameaças de Putin. E dispensam por completo os ralhetes que Jerónimo de Sousa se atreve a dar-lhes, como se negasse aos dois povos nórdicos o direito à autodeterminação, fazendo coro com o imperialismo de Moscovo.