Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O tempo, esse hiato que medeia entre o que é e não é, que foi calendarizado para que pudessemos organizá-lo, tem-me fugido por entre os dedos. De manhã acordo e já estou atrasada, já tenho pouco tempo para todas as coisas que me propus fazer. As horas sobrepõem-se umas nas outras e quando me apercebo, são 22h00 e ainda nem sequer jantei! Dizem-nos que somos donos do nosso tempo, que podemos fazer com ele o que quisermos, que é tudo uma questão de organização e gestão de prioridades, mas e quando tudo o que fazemos são prioridades? A palavra urgente torna-se banal quando dita de forma tão constante, apenas para chamar a nossa atenção de que temos mesmo de tratar daquele assunto.
Há quem diga que as mulheres têm a vantagem do multitasking, mas hoje em dia esta prática é reconhecida como uma forma de distracção e ineficiência, porque somos mais produtivos se nos concentrarmos numa tarefa de cada vez. O verdadeiro desafio consiste em preencher as 24 horas de um dia completo com descanso, trabalho, tarefas domésticas, pausas para comer, lazer, exercício físico, amigos e família. Não importa a ordem, importa dedicar um pouco do nosso tempo a cada uma destas áreas.
A minha sugestão passa por parar e pensar em como estamos a gastar o nosso tempo, se há alguma área que esteja a ser negligenciada, se podemos sobrepor algumas para tornarmos o nosso tempo mais proveitoso. No fim do dia, antes do merecido descanso, importa analisar se foi um dia bem passado e se estamos alinhados com os nossos objectivos. Contudo, quando dou por mim é quase meia noite, não fiz metade do que queria e, de olhos cansados e desilusão no rosto, reconheço que já não sou dona do meu tempo...