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Delito de Opinião

Já andam nisto

Pedro Correia, 25.11.19

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Os novos partidos apareceram em colisão declarada com a "velha política" posta em prática pelos partidos antigos. Prometendo fazer diferente.

O que fazem eles para aproximar os cidadãos das instituições? Mais do mesmo: andam entretidos em tricas intestinas, em microscópicos duelos por migalhas do poder interno, esquecidos dos cidadãos em nome dos quais ainda falam.

 

A Iniciativa Liberal, fundada há menos de dois anos, já vai a caminho do terceiro presidente. O primeiro, Miguel Ferreira da Silva, demitiu-se em Agosto de 2018 por causa de uma micropolémica endogâmica a que mais ninguém deu a menor importância: permaneceu seis meses em funções. O segundo, Carlos Guimarães Pinto, esteve à frente da IL durante cerca de um ano: celebrou a eleição de um deputado (que não era ele) e logo a seguir bateu com a porta, alegando o «enorme custo pessoal» que a política implica, como se isso constituísse novidade.

 

O Livre, que tem um fundador que não lidera e uma «direcção colegial de quinze pessoas» que ninguém conhece, anda já mergulhado em guerra civil, menos de dois meses após ter eleito a primeira - e única - deputada. Isto a propósito de alguma questão premente em Portugal? Não: andam por lá todos às turras devido a um voto de protesto «contra a nova agressão israelita a Gaza». A deputada, fazendo jus ao nome do partido, solta o grito do Ipiranga: «Fui eu que ganhei as eleições sozinha». E prepara-se para mandar os controleiros internos às urtigas, estragando a festa do sexto aniversário da infantil agremiação.

 

Já andam nisto, uns e outros. Tudo novo, mas tudo tão velho afinal...

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