Incêndios na Amazónia
Mudei-me para Lisboa, regressei ao lar, agora reinstalei internet em casa, visito as redes sociais (e os muito mais interessantes blogs). Vejo que muitos discutem algo relativo aos incêndios na Amazónia. Muitos gritam contra Bolsonaro - são os mesmos que quando este apareceu o guinchavam contra os homossexuais, as mulheres e os negros, secundarizando a sua anunciada política amazónica. Na época isso não lhes era relevante, não estava nas suas agendas de bolso agitando-se. E outros, muitos, gritam contra os que gritam contra Bolsonaro - parece que a devastação da Amazónia já existia antes, descobrem, e isso sossega-os. Esganiçados, o que lhes interessa é criticar os esganiçados do BE e afins.
Mal comparado é como se eu aqui viesse escrever a anunciar que tinha um cancro e as pessoas se preocupassem com os hipotéticos erros ortográficos e até sintácticos do auto-comiserado postal.
As pessoas não são só insensíveis. São-no mas não só. Não são só estúpidas. São-no, e numa até incomensurável dimensão, por mais doutores especializados e analíticos que surjam. Mas não só. São, acima de tudo, más. Não maliciosas. São malvadas. São a Besta. Não umas bestas, que isso é óbvio que também são. São mesmo a Besta. Imunda.
E veraneam!