Hoje é dia de
Hoje é O Dia do "Chorão"
«Os chorões conseguiram ter este seu dia. Todos conhecemos alguém cujo lamento incessante cansa, por exemplo a Murta Que Se Lamenta, da saga Harry Potter. Hoje todos somos incentivados a queixar-se de alguma coisa, o que é compreensível, pois o Natal pode ser bastante agitado e desgastante.
Muito cansados? Comeram de mais? Receiam voltar ao trabalho? As filas de trânsito são complicadas? Podemos lamentar sem parar.
Não era bem isso que pretendia inicialmente o reverendo norte-americano Kevin Zaborney em 1986, ano em que criou o Dia do Chorão. Queria que as pessoas fossem gratas pelo que têm, em vez de ficarem infelizes com o que não têm. Este clérigo lançou a ideia depois de observar que muitas pessoas reclamavam sem parar no dia seguinte ao Natal.
Pessoas menos afortunadas do que nós aceitarão com gratidão muito daquilo que nos leva a reclamar. Comida em excesso? Muitos lutam para conseguir matar a fome. Excesso de parentes à mesa? Muitos anseiam por uma família. Alguém não recebeu a prenda que ambicionava? Muitos não tiveram qualquer presente.»
É o vosso dia, oh gente de vistas curtas e sentimentos retorcidos, que se queixam do branco, porque é branco, do preto, porque é preto, do mestiço, porque não é preto nem branco... ele é do futebol, da política do hipocondrismo disto tudo e da vida também, nunca estão contentes e passam todo o tempo a lamuriar-se de tudo e mais alguma coisa. Não se poderão queixar é de não ter um dia que homenageia a vossa falta de fibra. É hoje!
A 26 de Dezembro assinala-se em vários países o Boxing Day
No dia seguinte ao Natal, o Boxing Day é comemorado no Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Canadá. Este feriado único tem raízes na troca de presentes, por um lado, e no classismo, por outro. Todo o sistema de classes britânico trabalhou para tornar o dia de Natal um grande negócio para as elites ricas. Esbanjaram em jantares de Natal com gansos, perus e outras aves preparadas pelo pessoal da cozinha. Os empregados domésticos trabalhavam arduamente em todos os preparativos para as festas durante os anos anteriores à Revolução Industrial. Mensageiros faziam regularmente recados e carteiros entregavam correspondência e pacotes durante o ano inteiro.
O dia 26 de Dezembro deu aos ricos a oportunidade de retribuir aos seus empregados e comerciantes com folgas remuneradas e pequenas caixas de presente cheias de bugigangas ou moedas como demonstração de agradecimento pelos seus serviços durante as festas e ao longo do ano. Criados e comerciantes também preparavam caixas de presente para suas próprias famílias.
Alguns historiadores atribuem a origem desta tradição às pequenas caixas de esmolas postas perto das portas das igrejas pedindo doações para ajudar os pobres durante o Advento. No dia seguinte ao Natal, membros do clero distribuíam as doações aos cidadãos carentes da comunidade. O dia 26 de Dezembro foi escolhido para esses actos de caridade por ser dedicado a Santo Estêvão, padroeiro reconhecido pelas boas obras e primeiro mártir cristão.
Nos tempos modernos, este dia tornou-se sinónimo de compras natalícias e muito desporto. Em vez de boxe, as partidas de futebol e críquete são os desportos preferidos que reúnem todos para mais diversão nas festas. A caça à raposa também fazia parte das tradições do Boxing Day, mas em 2004 foi proibida no Reino Unido.»
Por cá não temos esta tradição, mas faz sentido no final do dia 25 contactar a Refood, por exemplo, porque temos muito comer que seguramente vai saber bem a alguém. E pode haver sempre dois ou três cobertores polares que se compraram na Back Friday para acompanhar os alimentos. Os "amaricanos" têm uma expressão, "food for thought", que se reordenarmos poderemos ler thought for food... e é uma ideia de valor.
(Imagens Google)