Hoje celebra-se O Dia Mundial da Vacina Contra a SIDA.
"Assinala-se no dia 18 de Maio o “Dia de Consciência da Vacina do HIV” ou “Dia Mundial da Vacina Contra a SIDA”, instituído com o objectivo de promover a urgência da vacina de prevenção à infecção da SIDA, que se encontra até aos nossos dias a ser descoberta, o que exige avultados recursos para apostar nas novas tecnologias.
O primeiro Dia Mundial da Vacina contra a SIDA foi assinalado em 1998, com o propósito de promover uma profunda reflexão sobre a ausência de uma vacina após décadas de estudo, mas também reconhecer o trabalho desenvolvido a nível mundial por todos os voluntários, profissionais de saúde e cientistas que não medem esforços para minimizar a dor e o sofrimento de milhares de portadores de SIDA ao redor do mundo.
A efeméride procura enfatizar o esforço de todos aqueles que trabalham em conjunto para encontrar uma resposta eficaz contra o VIH/ SIDA em forma de vacina, bem como o reforço dos níveis de sensibilização sobre a importância da prevenção, enquanto continuam os estudos para a definitiva descoberta de uma vacina eficaz contra a SIDA, que é prevenível."
Quarenta anos depois do aparecimento dos primeiros casos do chamado "cancro dos homossexuais", a SIDA ainda não tem tratamento efectivo que erradique a imunodeficiência adquirida. De qualquer modo o avanço da medicina permitiu que os infectados consigam ter uma vida normal, com alguma qualidade e sem a sombra constante da sentença de morte dos primeiros anos.
1992. O Saraiva era um rapaz vivaço de imensos olhos azuis, maneiro e baixinho, com grande bazófia, grandes apetites e performances fora de série, segundo o próprio apregoava. Passava as noites nos bares do Cais do Sodré, de onde saía invariavelmente acompanhado. Um dia desmaiou no trabalho. Dias depois soube que tinha sido contemplado com a tal "doença dos gays". Nem podia acreditar, ele o típico machão! Só podia ser engano. Mas não era engano e o Saraiva começou a sentir a doença e a exclusão. Foi vítima do preconceito que o medo incute em quem não sabe, porque nada é mais destrutivo do que o terror que traz o desconhecido. Fez todos os tratamentos conhecidos à altura e cada um lhe tomava um pouco de si. Fui com a Aurora visitá-lo à ala das doenças infectocontagiosas do Hospital Egas Moniz. Aquela sala tinha seis camas. Todos os seis pacientes pareciam saídos de um filme sobre a libertação dos campos de concentração. Pele, osso e chagas. O Saraiva tentou esboçar um sorriso e falar, mas não conseguiu emitir qualquer som. Segurou as nossas mãos com os olhos fechados. Quando saímos, chovia. Deixámo-nos à chuva, a Aurora e eu e chorámos. Fomos até à casa da minha mãe tentar comer uma sopa quentinha, mas não desceu. Combinámos juntar uns quantos amigos e voltarmos lá para tentar animá-lo.
O Saraiva morreu três dias depois.
A 18 de Maio celebra-se O Dia Internacional dos Museus
"O Dia Internacional dos Museus, celebra-se no dia 18 de maio de 2022, e o International Council of Museums (ICOM) já divulgou o tema da próxima edição: O Poder dos Museus. Neste dia pretende-se explorar o potencial dos museus para trazer mudanças positivas ao mundo.
Os museus têm o poder de transformar o mundo à nossa volta. Como lugares incomparáveis de descoberta, mostram-nos o nosso passado e abrem as nossas mentes para novas ideias — dois passos essenciais para construir um futuro melhor.
- O poder de alcançar a sustentabilidade: Os museus são parceiros estratégicos na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Enquanto intervenientes fundamentais nas suas comunidades locais, contribuem para uma grande variedade de objetivos, que incluem a promoção da economia social e de curto-circuito e a divulgação de informações científicas sobre os desafios ambientais.
- O poder da inovação em matéria de digitalização e acessibilidade: Os museus tornaram-se locais com jogos inovadores onde as novas tecnologias podem ser desenvolvidas e aplicadas à vida quotidiana. A inovação digital pode tornar os museus mais acessíveis e envolventes, ajudando o público a compreender conceitos complexos e matizados.
- O poder da construção comunitária através da educação: Através das suas coleções e programas, o que é essencial na construção da comunidade. Ao defenderem os valores democráticos e ao proporcionarem oportunidades de aprendizagem ao longo da vida a todos, contribuem para a formação de uma sociedade civil informada e empenhada."
Na minha família temos todos uma grande paixão por museus, pelo interesse, conhecimento e maravilhas que nos proporcionam. Em todas as nossas visitas nacionais e estrangeiras, os museus são de visita obrigatória.
Tenho um par catita de historiadores com mestrados em museologia e pós-graduações na área, que nos mantêm actualizados e curiosos.
Os museus são poderosos centros de conhecimento com os mais diversos métodos de aproximação aos conteúdos, que levam os visitantes em experiências inolvidáveis. Cá por coisas minhas, sou super-fã do Museu do Ar e do novíssimo Quake, centro interactivo onde se vive quase "ao vivo e a cores" o terramoto de 1755 e se aprende muito sobre a filosofia geológica destes desastres naturais.
(Fotos do Google)