Gostavam que fosse temida, mas eu acho-a tremida
Marta Temido, a cabeça de lista do PS às europeias, tem mostrado neste arranque de campanha muitas fragilidades.
Desde que todos assistimos às suas decisões absolutamente ideológicas de acabar com os contratos PPP com os hospitais que tinham melhor desempenho médico e financeiro do país, como é o caso dos Hospitais de Braga e Loures, que a passei a considerar como uma pessoa ignorante ou intelectualmente desonesta, salvaguardando a possíbilidade de acumular estas duas características.
Há poucos meses era apontada como futura rival de Carlos Moedas numa corrida à Câmara de Lisboa, mas talvez devido a sondagens pouco optimistas foi despachada para Bruxelas, exílio dourado para onde os partidos tentam transladar alguns problemas.
Não tenho seguido todos os debates, mas não lhe têm faltado pérolas de infelicidade. Quando se sente apertada, repete uma qualquer banalidade, levanta as sobrancelhas, abre muito os olhos, faz boquinhas ou sorri, tentando fazer um o ar de engraçadinha para esconder o nervosismo.
No debate de ontem, de que só vi uma parte, entrou logo a tratar os demais candidatos por “colegas de painel”, como se ali estivessem apenas no comentariado e não com o mais genuíno propósito político que é o de tentar conquistar votos. Já o candidato Paupério noutro debate tinha assim tratado os seus adversários e desta vez foi Tânger Correia a insistir nesse erro grosseiro.
Mas no debate de ontem tive uma sensação nova. Quando, após uma pequena pausa, Marta Temido recorreu a um “etecetera, etecetera” fiquei à espera que a imagem se deslocasse para o lado e lá surgisse a Drª Graça Freitas para, providencial, lhe acabar a frase.