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Delito de Opinião

Gabo a caminho de Macondo

Pedro Correia, 17.04.14

 

"Muchos años despues, frente al pelotón de fusilamiento, el coronel Aureliano Buendía había de recordar aquella tarde remota en que su padre lo llevó a conocer el hielo."

Início de Cem Anos de Solidão (1967)

"El día en que lo iban a matar, Santiago Nasar se levantó a las 5.30 de la mañana para esperar el buque en que llegaba el obispo."

Início de Crónica de uma Morte Anunciada (1981)

 

Era um dos mais extraordinários prosadores de sempre em língua castelhana. Era uma das vozes literárias mais eloquentes e originais da América Latina. Era o expoente máximo daquilo que se convencionou chamar "realismo mágico".  Era um dos mais justos galardoados de que há memória com o Nobel da Literatura. Era a prova viva -- uma entre tantas -- de que o jornalismo constitui o melhor ofício para um candidato a escritor.

Edificador de sonhos, cultor do sortilégio da palavra escrita, criador de personagens inconfundíveis, Gabriel García Márquez partiu hoje numa viagem sem regresso a Macondo. Ao encontro de Malquíades e dos Buendía, de Ursúla Uguarán e de Santiago Nasar.  

Viveu para contar. Deixando-nos sem anos de solidão.

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