Gabo a caminho de Macondo
Início de Cem Anos de Solidão (1967)
Início de Crónica de uma Morte Anunciada (1981)
Era um dos mais extraordinários prosadores de sempre em língua castelhana. Era uma das vozes literárias mais eloquentes e originais da América Latina. Era o expoente máximo daquilo que se convencionou chamar "realismo mágico". Era um dos mais justos galardoados de que há memória com o Nobel da Literatura. Era a prova viva -- uma entre tantas -- de que o jornalismo constitui o melhor ofício para um candidato a escritor.
Edificador de sonhos, cultor do sortilégio da palavra escrita, criador de personagens inconfundíveis, Gabriel García Márquez partiu hoje numa viagem sem regresso a Macondo. Ao encontro de Malquíades e dos Buendía, de Ursúla Uguarán e de Santiago Nasar.
Viveu para contar. Deixando-nos sem anos de solidão.