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Delito de Opinião

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Frases de 2025 (15)

Pedro Correia, 25.04.25

«As democracias estão cada vez menos democráticas.»

Marcelo Rebelo de Sousa, ontem, no jantar da Associação 25 de Abril

7 comentários

Francisco Almeida 25.04.2025

As democracias estão cada vez menos democráticas..., e o seu número tem vindo a diminuir no mundo (acrescento eu).
Quando, no campo da saúde, algo se começa a deteriorar, procura-se antes do mais, uma alteração ambiental (inclui alimentação, trabalho, transportes, etc.) que pudesse ter causado o fenómeno. Infelizmente, mesmo que identificada (caso da fast-food em relação à obesidade, hoje uma doença social) factores vários que vão da preguiça individual ao lobbying das empresas interessadas, deixam tudo na mesma. Algo de semelhante se está a passar com a democracia.
O abandono da democracia, como consequência do globalismo, foi previsto e publicado há mais de 20 anos por um economista que, estudando as tensões internas, concluiu que globalismo, democracia e Estado-Nação, não podiam coexistir e alguma delas, teria de ceder..
A democracia é o elo mais fraco e, aliado a dois factores, o êxito económico da China e a política russa de apoio a ditaduras (Síria e Sahel africano como melhores mas não únicos exemplos) é o que mais cedo começou a ceder.
A UE optou por enfraquecer o Estado-Nação e os resultados já detectáveis, são uma burocracia não eleita que exerce poderes para que não foi mandatada e centros financeiros difusos (Soros e Davos) que "de facto" fazem escolhas que, em democracia, seriam feitas por eleitores. Isto é, sem o tampão do Estado-Nação, a própria democracia fica diminuída e possivelmente condenada a prazo.
Trump pôs a maior economia do mundo a combater o globalismo, o que, evidentemente, vai ter custos porque ninguém nega que o globalismo cria riqueza mas apenas que também também gera consequências nefastas. Isto provocou dois epifenómenos, que seriam cómicos se não fossem trágicos. Os maiores críticos de Trump são:
- Os liberais, que enchem a boca com Adam Smith, esquecendo que o seu livro-chave foi "A Riqueza das NAÇÕES" (maiúsculas minhas) não "A Riqueza do Globo" nem sequer "A Riqueza dos Povos".
- Os democratas - Pedro Correia, como anfitrião deste espaço, um bom exemplo - que nem reconhecem que Trump foi eleito e está a executar o programa que anunciou na campanha (uma autêntica raridade nas democracias de hoje) e que está a combater algo que compromete a democracia.
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balio 25.04.2025

Pois. Temos os exemplos recentes da Roménia e da França, nos quais se impede ou pretende impedir cidadãos de concorrer ao mais alto cargo de Presidente da República, por esses cidadãos não perfilharem as ideias mais convenientes.
Anónimo 25.04.2025

Se tu não fosses defender candidatos putinistas é que eu me admirava.
Anónimo 25.04.2025

Ha mais exemplos, sendo o mais recente o governo irlandês a "ponderar" cancelar a eleição do "mayor" de Dublin porque sem duvida será uma vitória de McGregor, com o peso que Dublin tem na Irlanda.
Mas as palavras para quê? Veja~se este artigo para a qualidade das eleições que decorrem no espaço europeu (no caso particular, na Alemanha, mas a cartilha já foi usada em outros lados, quem quiser investigue a Moldova e as alegações que então surgiram). E outras.
https://www.thegatewaypundit.com/2025/04/explosive-report-alleges-election-sabotage-germany-dead-voters/
E para quem estranhar, recordem-se da polémica que foi na recente eleição portuguesa que obrigou à repetição dos votos de portugueses no estrangeiro... Soube-se... Incompetentes...
Já dizia Estaline (?) que o importante não é quem vota, mas quem conta os votos. Sobretudo quando se ganha por pequenas diferenças.

lucklucky 26.04.2025

Sim, começando pela Portuguesa. Comecemos por cada vez mais poderes na Comissão Europeia. Depois por cada vez mais poderes nas "Entidades" e "Autoridades"...

Aliás nota-se a esboroamento da concepção de país quando as principais figuras do estado : Presidente, Presidente da AR, Primeiro Ministro saem todos do pais ao mesmo tempo e para o mesmo sítio comportando-se como meros delegados de uma província.
passante 26.04.2025

> ao mesmo tempo e para o mesmo sítio

no mesmo veículo?

ZEBRA 26.04.2025

O Víctor Ângelo escreveu ontem no DN um artigo muito interessante, mais ainda por versar a realidade portuguesa.
Dele reterei uma frase de aplicação universal: "Os povos, quando acreditam na política e na verdade das eleições, participam a sério".

As democracias estão cada vez menos democráticas porque, para lá de eleições com verdade, é preciso política em que se acredite. Não só do voto vive a democracia, mas a democracia tornou-se uma espécie de rally-paper da caça ao voto praticado por equipas concorrentes de políticos profissionais.

Em Portugal, para piorar, temos o drama dos votos desperdiçados - um milhão e duzentos mil nas últimas legislativas! -, um problema com soluções mas que se arrasta por falta de vontade política de ser resolvido. Um descarado desrespeito dos eleitores e uma farsa da democracia, um incentivo à abstenção e ao voto "de vingança" em "iliberais" mais ou menos híbridos.
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