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Delito de Opinião

Fevereiro de 2018: os meus votos

Pedro Correia, 11.03.18

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Figura nacional do mês

Rui Rio, ex-autarca do Porto, foi consagrado líder do PSD no congresso de Lisboa, entre 16  e 18 de Fevereiro.  Não tardou a reunir-se com António Costa: prometeu pactos com o Governo em áreas como a descentralização e a aplicação de fundos europeus, abrindo espaço político para o CDS como força da oposição. De caminho enfrentou fortes críticas internas na escolha do novo líder parlamentar, Fernando Negrão (eleito apenas por 39% dos deputados sociais-democratas), e da sua vice-presidente Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados.

 

 

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Figura internacional do mês

Custou mas foi: após mais de quatro meses de intensas negociações de bastidores, a União Democrata-Cristã e o debilitado Partido Social Democrata celebraram a 7 de Fevereiro um acordo de legislatura que permitiu reeditar a "grande coligação" na Alemanha, maior potência económica do continente europeu. Este acordo permitiu a Angela Merkel, primeira-ministra desde 2005, formar um novo Executivo, atribuindo as cruciais pastas das Finanças e dos Negócios Estrangeiros aos seus parceiros de governo.

 

 

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Facto nacional do mês

A selecção portuguesa de futsal sagrou-se campeã da Europa, o que acontece pela primeira vez. Um triunfo alcançado em Liubliana, capital da Eslovénia, numa épica final contra Espanha por 3-2, após prolongamento. Mais um troféu desportivo para o nosso país, na sequência da vitória no Europeu de futebol em 2016. "Nós tínhamos um sonho. Ontem, tornou-se realidade. O futsal conseguiu tocar o céu", disse no dia seguinte Ricardinho, capitão da selecção portuguesa e melhor jogador de futsal do mundo, quando a selecção foi recebida no Palácio de Belém.

 

 

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Facto internacional do mês

A guerra civil na Síria, que dura há sete anos, teve um dos seus capítulos mais dramáticos entre 18 e 22 de Fevereiro, quando pelo menos 417 pessoas - incluindo 96 crianças - foram massacradas pelas forças do regime, às ordens do ditador Assad. Segundo o Observatório para os Direitos Humanos sírio, no mesmo período registaram-se ali 2100 feridos - muitos em estado grave. O bombardeamento sistemático de áreas residenciais e de todos os hospitais da zona avolumou este massacre, que o secretário-geral das Nações Unidas já compara ao de Alepo.

 

 

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Frase nacional do mês 

«Estou muito tranquila, muito feliz, por poder colocar-me ao serviço de Portugal e ao serviço do meu partido.» Declaração da nova vice-presidente do PSD escolhida por Rui Rio no âmbito da sua estratégia de renovação do partido. Ex-bastonária da Ordem dos Advogados e nessa qualidade feroz opositora à reforma do mapa judiciário concretizada pelo Executivo de Passos Coelho, Elina Fraga fez esta declaração aos jornalistas, a 18 de Fevereiro, após ter sido alvo de sonoras vaias na reunião magna do partido.

 

 

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Frase internacional do mês 

«Em Guta Oriental, 400 mil pessoas vivem o inferno na Terra.» Uma frase emocionada do secretário-geral da ONU, António Guterres, falando a 22 de Fevereiro no Conselho de Segurança. O ex-primeiro-ministro português alertou assim o mundo para a dramática situação no último bastião de resistência ainda controlado pelos insurgentes contra o ditador Assad na Síria, cujas forças armadas têm chacinado sem piedade a população.

6 comentários

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    Pedro Correia 12.03.2018

    A CDU saiu tão "debilitada"... que voltou a formar governo. Com mais 12,4% do que o SPD, num distante segundo lugar.
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    Luís Lavoura 12.03.2018

    Isso é conversa qualitativa.
    Em termos quantitativos, a CDU tinha 311 deputados e perdeu 65 deles (20,9%) na última eleição. O SPD tinha 193 deputados e perdeu 40 deles (20,7%) na última eleição. (Dados retirados de
    https://en.wikipedia.org/wiki/German_federal_election,_2017)
    Como vê, foram igualmente debilitados: perderam ambos 20 a 21% dos deputados que tinham.
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    Pedro Correia 12.03.2018

    Merkel voltou a ganhar. Aliás ainda não perdeu uma eleição federal desde 2005 - caso único na Europa actual.
    E ganhou noutro sentido: a CDU é hoje a única força política capaz de formar governo na Alemanha.
    Isto não é "conversa qualitativa", seja lá o que for que isso signifique. São factos.
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    Luís Lavoura 12.03.2018

    Merkel voltou a ganhar. A CDU é hoje a única força política capaz de formar governo na Alemanha.

    Eu não discuto isso. Isso é verdade. Eu o que disse é que a CDU ficou exatamente tão debilitada como o SPD após a última eleição. Ganhou, mas ficou debilitada.
    E nestas condições não me parece correto descrever o SPD como debilitado sem se dizer exatamente o mesmo da CDU.
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    Pedro Correia 12.03.2018

    A CDU é hoje o único partido capaz de formar governo na Alemanha. Nenhum outro chega sequer lá perto.

    Se isso é estar "debilitado", António Costa deve estar extremamente debilitado em Portugal. Já quase nem se mexe, coitado.

    A propósito: a CDU de Merkel, após 12 anos consecutivos no poder, obteve 32,9% nas legislativas de Setembro.
    Mais do que o PS de Costa alcançou nas legislativas de 2015: 32,3%.


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