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Delito de Opinião

Famílias fora de prazo

Teresa Ribeiro, 21.09.17

 

 

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Num país onde o desemprego atinge sobretudo os maiores de 50 e os que procuram o primeiro emprego, os casos de pais desempregados a coabitar com filhos adultos que ainda não entraram no mercado de trabalho aumentaram exponencialmente. Mesmo assim o fisco, quando os descendentes chegam aos 25 anos, não perdoa e declara-os... independentes.

Quando tanto se fala de apoio à família, esta realidade é varrida para debaixo do tapete. Maior de 25 que viva à custa dos pais é uma não-pessoa. Não conta para o agregado familiar, nem pode apresentar despesas para incluir no IRS dos pais. A regra já existia, mas ao contrário de outras que também existiam e já foram mudadas, nesta não tocaram nem com uma flor.  Era o mínimo a conceder às famílias que se tornaram disfuncionais em consequência do esbulho fiscal e destruição de emprego. 

 

3 comentários

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    Teresa Ribeiro 22.09.2017

    Tem toda a razão, Costa. A década dos 50 está entre esses dois fogos. É uma carga muito pesada. Infelizmente não há sindicato que os represente. São tão invisíveis os que já não são novos e ainda não são velhos que não há discurso político que os contemple, nem sequer durante as campanhas eleitorais.
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    Costa 22.09.2017

    Demasiado velhos para ser público-alvo de operadores de telemóvel que oferecem "bué da gigas de net", sob uma marca comercial que muito sofisticadamente recorre ao calão ordinário da língua inglesa e a imagens do mais educado comportamento. Demasiado novos para ser objecto das cínicas "preocupações" demagógicas de um poder que tudo fará para assim permanecer.

    Aptos, todavia para para ir pagando isto tudo.

    Enfim, "too old for rock n'roll, too young to die". Deve ser isso.

    Costa
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