Falar claro sobre eutanásia
Tenho observado que quem argumenta contra a eutanásia tende a iludir três questões:
1. Ninguém obriga ninguém a fazê-lo. Tal como no caso da IVG, os profissionais de saúde que sejam contra têm o direito de se recusar a colaborar.
2. A decisão é do doente (e só considerada se reconhecidamente ele está de posse de todas as suas capacidades mentais)
3. Os casos em que a eutanásia é aplicável serão, naturalmente, objecto de rigorosa regulamentação, pelo que não se coloca a questão de tal servir para facilitar suicídios de pessoas que estão, por exemplo, simplesmente com uma depressão.
Toda a argumentação que contorne estas três premissas não me parece intelectualmente honesta.