há uma fase qualquer, na estatuária, em que colocam umas "coisas" nas cabeças dos senhores que, à primeira observação, se assemelham a ridículos penachos ou pombas prestes a levantar voo... é estranho.
Erodida, dá ainda assim para ver que saiu ao avô...
Mas é triste, e não percebo quem se lembrou de tal maldade: o rei a quem devemos a definição das fronteiras que, mais Ayamonte menos Olivença, haveriam de permanecer até hoje, herdou pela história um cognome que resulta de histórias de alcova... Muito evoluído para a data, esta adopção do (cog)nome da esposa, mas... pelo menos "O de Faro", não? É que casar com a segunda para garantir terras ao reino sendo ainda casado com a primeira - e ficar com o nome desta... tchhh!.
Por vezes, nesta estatuária de carácter mais popular, existem elementos de saboroso anacronismo, Cristina. Salvo erro foi no Mosteiro de Alcobaça que vi um painel de azulejos supostamente representando D. Afonso Henriques em que que o nosso Rei Fundador parecia um monarca do século XVII, contemporâneo de D.João IV.
E aqui temos D. Afonso III de perna ao léu e penacho na cabeça. E na segunda fotografia uma perspectiva dos Apóstolos olhando atentamente (ou não) para o Lago das Coroas. Maria