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Delito de Opinião

Está a fazer um ano

Sérgio de Almeida Correia, 03.08.15

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Em 4 de Agosto de 2014:

"Passos Coelho tinha dito que o Estado não seria obrigado a salvar o BES. Que não haveria dinheiro dos contribuintes lá metido, que seriam os privados a arcar com os prejuízos. Concluí, ingenuamente, que seriam os "capitalistas" a resolver o problema. Mas o que se vê, ao contrário do que foi afirmado e da mensagem que o governador Carlos Costa quis passar, é que estamos perante uma nacionalização encapotada do BES. Ainda que temporária será paga com o dinheiro que não saiu do bolso dos seus accionistas, que não saiu do bolso dos privados e cujos custos serão pagos, uma vez mais, pouco ou muito, com juros ou sem juros, por todos."

 

Em 3 de Agosto de 2015:

"Ofertas abaixo dos 4900 milhões "atrasam" venda do Novo Banco

Os três candidatos à compra da instituição bancária entregaram propostas bastante abaixo do valor injectado no banco

(...) Assim, qualquer proposta abaixo dos 4900 milhões traduzir-se-á numa perda a suportar pelo sistema, o que afectará a Caixa Geral de Depósitos com 30% do mercado, e, por essa via, os contribuintes. E ao terem de absorver “prejuízos”, os bancos degradam os resultados o que se reflectirá igualmente em menos receitas para o Estado. É a dimensão dos prejuízos que as autoridades procuram agora minimizar potenciando a venda. E, por isso, solicitaram ao Anbang, à Fosun e à Apollo, que até 7 de Agosto submetam ao BdP novas intenções vinculativas. Uma parte de valor será para encaixar pelo vendedor, outra destina-se a recapitalizar o NB, que necessita de nova injecção de fundos até 1500 milhões. Contas feitas (e incluindo o polémico aumento de capital de Junho de 2014, ainda com Ricardo Salgado no banco), com o apoio adicional a ser realizado, a instituição terá recebido nos últimos 14 meses, cerca de 7500 milhões de euros. (...) O Governo e o BdP têm vindo a ajustar as suas expectativas optimistas iniciais de que a transacção do Novo Banco se faria próximo dos 4900 milhões. O que os obrigou a colocar em cima da mesa uma quarta solução “não desejada”: a possibilidade de atrasar o fecho da operação até que as condições de mercado se tornem mais favoráveis. É a via que menos interessa a Pedro Passos Coelho e seria encarada como um falhanço." - Público

 

Espero que as contas finais apareçam antes das Legislativas de 4 de Outubro. Conviria deixar a casa limpa para que os próximos inquilinos não venham também dizer, quatro anos depois, que a culpa do que correu mal foi dos antecessores. 

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